UMA METODISTA OFICIALIZOU O "DIA DAS MÃES"
Anna Jarvis, a mãe do Dia das Mães
Uma promessa mudou para sempre o calendário de datas comemorativas dos Estados
Unidos e de várias outras nações. A filha jurou à mãe criar o "Dia das Mães". Nove anos
mais tarde, a promessa foi cumprida.
Mas, em seguida, veio o
arrependimento.
A história da criação do Dia das Mães começa nos Estados Unidos, em
maio de 1905, em uma pequena cidade do Estado da Virgínia Ocidental.
Foi lá que a filha de pastores Anna Jarvis e algumas amigas começaram um
movimento para instituir um dia em que todas as crianças se lembrassem e
homenageassem suas mães.
A idéia do movimento era fortalecer os laços familiares e o respeito pelos
pais. Para Anna a data tinha um significado mais especial: homenagear a própria mãe, Ann
Marie Reeves Jarvis, falecida naquele mesmo ano.
Ann Marie tinha almejado um feriado
especial para honrar as mães. E Anna jurou terminar o trabalho que ela havia começado.
Durante três anos seguidos, Anna lutou para que fosse criado o
Dia das Mães. Em 10 de maio de 1908, ela conseguiu que fosse
celebrada um culto em homenagem às mães na
Igreja
Metodista Andrews, da cidade de Grafton (Virgínia Ocidental).
Anna nasceu em 1864 na cidade de Webster, localizada no
mesmo Estado, mas mudou-se para Grafton antes de completar
dois anos de idade (veja o mapa).
A primeira celebração oficial do dia das mães aconteceu
somente dois anos depois, em 26 de abril de 1910, quando o
governador William E. Glasscock incorporou o Dia das Mães
ao calendário de datas comemorativas daquele estado. Virgínia
Ocidental se tornou o primeiro a reconhecer a data oficialmente. Mas rapidamente outros
estados norte-americanos aderiram à comemoração.
Em 1914, o então presidente dos Estados Unidos,
Woodrow Wilson (1913-1921), unificou a celebração em
todos os estados, estabelecendo que o Dia Nacional das
Mães deveria ser comemorado sempre no segundo
domingo de maio. A sugestão foi da própria Anna Jarvis.
Em breve tempo, mais de 40 países adotaram a data. Aqui
no Brasil, como na Europa, a comemoração é feita na
mesma data (veja quadro abaixo).
"Não criei o dia das mães para ter lucro"
Atlas Universal Escolar -
Terra
Lápide de Anna Jarvis:
"fundadora dia das mães, em
1908.
Data oficialmente
proclamada por Woodrow
Wilson em 1914"
O sonho foi realizado, mas, ironicamente, o Dia das Mães
se tornou uma data triste para Anna Jarvis. A popularidade
do feriado fez com que a data se tornasse uma dia lucrativo
para os comerciantes -- principalmente para os que
vendiam cravos brancos, flor que simboliza a maternidade.
"Não criei o dia as mães para ter lucro", disse furiosa a um
repórter, em 1923.
Nesta mesmo ano, ela entrou com um
processo para cancelar o Dia das Mães, sem sucesso.
Anna passou praticamente toda a vida lutando para que as
pessoas reconhecessem a importância das mães. Na
maioria das ocasiões, utilizava o próprio dinheiro para
levar a causa a diante. Dizia que as pessoas não agradecem
freqüentemente o amor que recebem de suas mães. "O amor de uma mãe é diariamente
novo", afirmou certa vez. Anna morreu em 1948, aos 84 anos.
Recebeu cartões
comemorativos vindos do mundo todos, por anos seguidos, mas nunca chegou a ser mãe.
Cravos: símbolo da maternidade
Durante a primeira missa das mães, Anna enviou 500 cravos brancos, escolhidos por ela,
para a igreja de Grafton. Em um telegrama para a congregação, ela declarou que todos
deveriam receber a flor. As mães, em memória do dia, deveriam ganhar dois cravos.
Para
Anna, a brancura do cravo simbolizava pureza, fidelidade, amor, caridade e beleza. Durante
os anos, Anna enviou mais de 10 mil cravos para a igreja, com o mesmo propósito. Os
cravos passaram, posteriormente, a ser comercializados.
A mãe homenageada
A mãe de Anna, Ann Marie Reeves Jarvis (foto), chegou na West
Virginia aos onze anos de idade. À época, o pai dela (avô de Anna),
reverendo Josiah W. Reeves, era um ministro da igreja metodista.
Ann Marie casou-se com Granville E. Jarvis, filho de um ministro
batista, em 1850, aos 17 anos. O casal teve Anna e mais seis filhos,
mas somente quatro chegaram à vida adulta.
A mãe pioneira
Anna não foi a primeira a sugerir a criação do Dia das Mães. Antes dela,
em 1872, Julia Ward Howe (1819 - 1910), chegou a organizar em Boston
um encontro de mães dedicado à paz. Howe, autora de "O Hino de Batalha
da República", era casada com Samuel Gridley Howe, um líder em
educação progressiva e também um abolicionista convicto.
No Brasil
Casa onde nasceu Anna Jarvis,
em Webster, Virgínia
Ocidental
O primeiro "Dia das Mães" brasileiro foi promovido pela Associação Cristã de Moços de
Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918. Em 1932, o presidente Getúlio Vargas oficializou
o feriado
Fonte:http://www.suapesquisa.com/historia_dia_das_maes.htm